segunda-feira, 9 de maio de 2011

Os Pinhões das araucárias de Angelina-SC

Sábias araucárias.
 Permitem à vegetação rasteira liberdade. As araucárias são escolhidas como morada de gaviõezinhos e joões-de-barro que constroem seus ninhos entre as duras grimpas. São o tesouro perdido das gralhas desatentas ou esquecidas que assim semeiam esta frondosa árvore tão postal das serras do sul do Brasil.

 Uma paisagem carregada de lendas nos inspira silêncio.

 E depois comer um pinhão sapecado no fogão a lenha faz sentir as raizes mais puras da nossa natureza. É de fato rep(r)isar a história.


Não tem explicação, só experimentando mesmo pra sentir o que é  procurar e catar pinhões no chão, caídos de araucárias gigantes.

Um comentário:

  1. Ai que saudade de comer pinhão quentinho e fresco!
    Quando eu for aí quero comer o que colher do chão e agradecer como um presente que cai do céu.

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Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá
as aves que aqui gorjeiam,
não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas
nossas várzeas tem mais flores,
nossos bosques tem mais vida
nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, a noite
mais prazer eu encontro lá
minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores
que tais não encontro eu cá
em cismar sozinho a noite
mais prazer eu encontro lá
minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá

Não permita Deus que eu morra
sem que eu volte para lá
sem que desfrute os primores
que não encontro por cá
sem qu'inda aviste as palmeiras
onde canta o sabiá.

GONÇALVES DIAS